• 27 de março de 2023
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Um dos três países que mais avançam em metas de água, Brasil vê crescer sua responsabilidade

Posição de referência foi alcançada pelo “progresso substancial”, ao lado de Gana e Cingapura; país quer garantir 99% de acesso à água e 90% ao saneamento até 2033; secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente enfatiza que é preciso ajustar políticas públicas na Conferência da Água, encerrada nesta sexta-feira.


A iniciativa ONU Água informa que no Brasil, os cursos de água tiveram um padrão de qualidade de referência ao aumentar oito pontos percentuais entre 2017 e 2020.


De acordo com as Nações Unidas, o país está entre os três casos de sucesso do mundo pelos progressos alcançados rumo a um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, durante o período. Os dados foram ressaltados na Conferência da Água, que termina esta sexta-feira, em Nova Iorque.


 


Acesse o vídeo completo:


https://www.youtube.com/watch?v=dzbgSGTSa44&t=11s


Maiores desafios globais


No evento, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, disse à ONU News que a posição do país evidencia também sua responsabilidade perante um dos maiores desafios globais.


“O Brasil recentemente recebeu uma boa notícia. Foi o fato de estar entre os três países considerados os que mais avançaram na agenda justamente do ODS 6, que é o nosso Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, que trata de água e saneamento. O Brasil, Gana e Cingapura foram considerados pela avaliação das Nações Unidas como os três países que promoveram avanços. E isso é muito positivo.”


A avaliação aponta decisões de investimento positivas para melhorar a qualidade da água e a construção de 900 novas estações de tratamento de águas residuais desde 2013.


Os detalhes dos progressos serão apresentados no Fórum Político de Alto Nível da ONU, em julho. Para Capobianco, a água é também uma questão de qualidade de vida.




 

Reconhecimento das Nações Unidas
“Claro que esse reconhecimento por parte das Nações Unidas é muito importante para nos estimular a fazer mais porque nós sabemos o quanto ainda estamos longe do nosso objetivo. De resolvermos esse problema, que para nós é como uma chaga. Como uma mancha na nossa trajetória porque uma pessoa sem a água de qualidade e sem escoamento sanitário não pode ter uma qualidade de vida adequada.”


O secretário-executivo aponta um percurso longo para atingir 99% dos brasileiros com acesso à água e 90% com saneamento até 2033, que é o plano do governo.


Para tal, ele ressaltou que políticas públicas devem promover a inovação nesses setores essenciais.


A descentralização baseada em ecossistemas deve ser prioridade para “garantir o acesso à água em qualidade e quantidade para todos, especialmente para as populações mais vulneráveis, povos indígenas e comunidades rurais”.


Na Iniciativa de Monitoramento Integrado para o ODS 6, a ONU ressalta o propósito de informar e inspirar com “exemplos concisos e acessíveis” que demonstram, por meio de casos reais, que o progresso acelerado é possível.


 




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