• 20 de outubro de 2011
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Japão apóia mais estudos sobre compensações de emissão alternativas

O Japão concedeu subsídios para 14 grupos de empresas domésticas na segunda e última rodada de recrutamento para estudos de viabilidade de medidas para o corte de emissões de gases do efeito estufa no exterior. A iniciativa faz parte dos seus esforços para desenvolver um mercado de compensações de carbono alternativo ao esquema das Nações Unidas.

Vinte e seis grupos foram selecionados na primeira rodada. O Japão pretende distribuir 2,5 bilhões de yen (US$ 32 milhões) em subsídios para 40 grupos focando em testes de tecnologias de baixo carbono em 18 países em desenvolvimento, comentou o ministro do comércio na quinta-feira.

O Japão quer incentivar os países a usarem suas tecnologias, geralmente caras, para alcançar cortes nas emissões, e espera que acordos bilaterais resultem em compensações de carbono que ajudem o país a cumprir sua meta de redução de 25% das emissões até 2020 (com base no nível de 1990).

Dadas as baixas perspectivas de aprovação de um tratado climático obrigatório para substituir ou estender o Protocolo de Quioto antes do final do seu período de compromisso (2012), o Japão e a União Européia estão buscando formas de auxílio para os países em desenvolvimento e para cumprir seus compromissos.

O Japão, quinto maior emisssor mundial de gases do efeito estufa, disse que seu esquema de compensação de carbono seria um complemento ao enquadramento das Nações Unidas, e espera que o esquema inicie em janeiro de 2013.

As negociações bilaterais nipônicas para projetos de tecnologias de baixo carbono iniciaram com oito países asiáticos, como Vietnam e Índia, sendo que os estudos da primeira rodada foram focados na Ásia.

A segunda rodada inclui estudos para projetos geotérmicos na região do Grande Vale do Rift na África, para economia de energia no setor industrial na África do Sul e para a captura e armazenamento de carbono na Indonésia.

Traduzido por Fernanda B. Muller, Instituto CarbonoBrasil

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